sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Modernismo e Semana de 22

Modernismo

O modernismo brasileiro que se instaura a partir da Semana de Arte Moderna em 1922 é um tópico cultural com relação ao passado colonial e ao futuro da globalização. Neste contexto ainda prolifera um modelo de irreverência que sustenta um regime ético e estético como modo estratégico de inserção cultural dentro e fora do país.
A constituição formativa do nosso modernismo, além de resgatar um vínculo com o passado
colonial e buscar uma forma vanguardista, ao formular um projeto de construção de identidade brasileira, cria a problemática da Antropofagia cultural basear-se-ia no conceito oriundo das idéias manifestadas pelo poeta e ensaísta Oswald de Andrade, desenvolvidas nas décadas de 20 e 30. Tal conceito auxilia no entendimento de um momento cultural onde os artistas e intelectuais brasileiros estão focados em dois problemas: por um lado, uma apreensão das formas de ruptura com a tradição acadêmica proveniente das vanguardas européias instauradas em nosso meio no início do século XX, com o propósito radical de repensar o problema da representação e do caráter ilusionístico das artes plásticas; e por outro, a antropofagia cultural volta-se para uma apreensão da cultura popular do nosso próprio país utilizando-a como temática, fato que se encontra estritamente relacionado ao projeto estético ao modo brasileiro. Juntamente com esse novo pensamento artístico, vem a notória vontade e afirmação dos modernistas, de certo caráter pedagógico, correlativo com a intenção de difundir idéias relacionadas a construção de uma identidade nacional para o público espectador. Assim, os modernistas adotam meios de disseminação dos seus conceitos, publicando manifestos e textos, como modo de entendimento direto a quem os assistia.


Semana de 22

O Modernismo, como tendência literária, ou estilo de época, teve seu prenúncio com a realização da Semana de Arte Moderna no Teatro Municipal de São Paulo, nos dias 13, 15 e 17 de fevereiro de 1922. Idealizada por um grupo de artistas, a Semana pretendia colocar a cultura brasileira a par das correntes de vanguarda do pensamento europeu, ao mesmo tempo que pregava a tomada de consciência da realidade brasileira.O Movimento não deve ser visto apenas do ponto de vista artístico, como recomendam os historiadores e críticos especializados em história da literatura brasileira, mas também como um movimento político e social. O país estava dividido entre o rural e o urbano. Mas o bloco urbano não era homogêneo. As principais cidades brasileiras, em particular São Paulo, conheciam uma rápida transformação como conseqüência do processo industrial. A primeira Guerra Mundial foi a responsável pelo primeiro surto de industrialização e conseqüente urbanização. O Brasil contava com 3.358 indústrias em 1907. Em 1920, esse número pulou para 13.336. Isso significou o surgimento de uma burguesia industrial cada dia mais forte, mas marginalizada pela política econômica do governo federal, voltada para a produção e exportação do café.

Cassiano e Rosangela-3º B - Matutino

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